segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Biografia de Cildo

Cildo Campos Meirelles
O surgimento de Cildo Meireles, como um dos mais significativos artistas brasileiros de sua geração, coincide com o fechamento político provocado pela promulgação do AI-5, em 1968, e o conseqüente desenvolvimento de propostas mais conceituais.




Nascido na cidade do Rio de Janeiro, passa sua infância e adolescência entre Goiânia, Belém do Pará e Brasília, onde, por influência do pintor peruano Félix Alejandro Barrenechea, passa a dedicar-se ao desenho. Por volta de 1966, quando se preparava para ingressar no curso de arquitetura da UNB, é convidado por Mário Cravo a expor seus desenhos no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAMB) em Salvador, motivo pelo qual não chegou a realizar os exames de vestibular.



Em 1967, retorna ao Rio de Janeiro, onde cursa por um breve período a Escola de Belas Artes, e freqüenta o ateliê de gravura do MAM. Nesta época, abandona temporariamente o desenho, e dedica-se a uma produção de cunho mais conceitual, voltada à crítica dos meios, dos suportes e das linguagens artísticas tradicionais. Em 1969, agora como professor do ateliê do MAM, funda ao lado de Guilherme Vaz e Frederico Morais a unidade experimental do museu, da qual passa a ser diretor.



Desta convivência com F. Morais e Guilherme Vaz, nasceria também “Do corpo a Terra”, manifestação realizada no Parque Municipal, nas ruas, nas serras e nos ribeirões da cidade de Belo Horizonte, sob a coordenação de F. Morais, em 1970. Cildo participa com “Totem - Monumento aos presos políticos”, na qual evocava aos presos e desaparecidos políticos do regime militar.






Nestes anos de censura, medo, e silêncio, que se seguiram à promulgação do AI-5, Cildo Meireles destacou-se por uma série de propostas política e socialmente críticas, como por exemplo, seu trabalho em carimbo em notas de um cruzeiro: “Quem matou Herzog?”, de 1975. Uma mensagem explícita, ainda que anônima, de sua visão da arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade. Motivo pelo qual costumava gravar em seus trabalhos deste período a frase: “a reprodução dessa peça é livre e aberta a toda e qualquer pessoa”, ressaltando a problemática do direito privado, do mercado e da elitização da arte.




É também, neste mesmo período, que o artista elabora seu projeto “Inserções em circuitos ideológicos”, que consistia em gravar nas garrafas retornáveis de Coca-cola informações, opiniões críticas, a fim de devolvê-las à circulação.



Já no final da década de 1970, passa a explorar através de seus trabalhos, a capacidade sensorial do público (gustativa, térmica, oral, sonora) como chave da fruição estética, e em detrimento da predominância visual das artes plásticas. Emprega cada vez mais, mas sempre em função de uma idéia, materiais precários, efêmeros, de uso cotidiano e popular.




Particularmente na década de 80, Cildo Meireles não aderiu a proposta de revitalização da pintura, como grande número de artistas da geração 80 a fizeram. Ele seguiu com sua produção conceitual de múltiplas linguagens e suportes empregados. Entretanto, perpassando décadas e acumulando estilos e idéias, este artista - sendo um seguidor e fomentador da contravenção Duchampiana de dessacralizar a arte - incorpora em seu repertório um citacionismo irônico da tradição da arte que domina nos anos 80. Deste modo, ele promove amplas possibilidades de expressão sobre a escultura desmobilizada de preceitos formais.




Vale dizer, que a intensa produção de Cildo Meireles, ainda em andamento, ampliou seu campo criativo ao inserir instalação, objeto e tecnologia. Além disso, ele reafirmou seu compromisso com o público e não com o mercado de arte. Seu trabalho simboliza o máximo grau atingido pela relação aberta entre linguagem e interação.

8 comentários:

  1. Cildo Meireles , em seu trabalho nomeado ´´Desviado para o Vermelho`` no qual foi uma das maiores e dedicadas de suas obras que influenciou muito na vida dele, foi feito uma montagem em três ambientes articulados entre si : Impregnação, Entorno e Desvio, nos quais deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos de maneira plausível mas improvável por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, têm lugar que o artista o chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala (Impregnação), em que a cor satura a matéria, se transformando em uma mesma matéria (Entorno e Desvio)

    ResponderExcluir
  2. CILDO MEIRELES ME AJUDOU A TIRAR NOTA 10 COM SUA BIOGRAFIA

    ResponderExcluir
  3. Ah , muito legal, esse site sobre o Cildo Meireles .Vou tirar uma super nota com essa biografia :)

    ResponderExcluir
  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk povo besta kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Ctrl+v kkkkkkkk Ctrl+c kkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  5. muito legal gostei, meu irmão vai tira nota boa com essa biografia.

    ResponderExcluir
  6. Manda um abração prá ele do Jader da Fernando Ferrari 61.

    ResponderExcluir
  7. Nossa Muito obrigado Agora vou poder tirar nota boa com essa matéria :)

    ResponderExcluir